Diario

28 de Abril de 2018, nasceu o II livro da Menina Catita

apresentação do II livro da Menina Catita
Sessão de autógrafos

28 de abril de 2018

Obrigado a todos pela vossa presença neste dia especial.

O meu obrigado também à Câmara Municipal de Viana, na pessoa da vereadora da Cultura, Dr.ª Maria José Guerreiro que, para mim, é sobretudo a minha professora de sempre.

Obrigado à Biblioteca Municipal e a todos os que nela cuidam dos livros!

Obrigado ao Miguel Costa por ter criado disponibilidade para estar aqui também e partilhar connosco o seu conhecimento sobre a História da nossa cidade.

Obrigado ao Alexandre Martins, velho amigo e amigo da Catita.

E um obrigado à minha família, em especial aos meus filhos, ao Pedro, aos meus pais.

 

Um livro que nasce.

Uma aventura que me levou para onde está o meu coração, a História e as palavras. E as memórias, das pessoas e dos espaços.

Que melhor maneira de celebrar Abril: com amigos, rodeada de livros e a falar de História. E estão cá todos: a família, os amigos e os livros.

Mas há um amigo especial que hoje está cá (tenho a certeza) mas de outra maneira. Está para além deste Caminho e é a ele que dedico este livro – o Carlos Loureiro.

Saúdo hoje o seu irmão e cunhada, aqui presentes. Estão cá e sabem o que significam para mim. Sabem também o que significa o Carlos na minha vida: o amigo, o colega da faculdade, o companheiro das aventuras na arqueologia, o companheiro das viagens Porto/Viana/Porto. Para os nossos amigos daqui, eramos o Zé e a Maria dos cacos.

Este livro não é um trabalho académico nem tão pouco um livro que relata as nossas aventuras na arqueologia. Mas é uma maneira diferente de falar de História aos alunos e era isso em que nós os dois acreditávamos. Por isso, este livro é para ti Carlos! “Fazer qualquer coisa que desperte o entusiasmo no coração.” Aprendemos isso na faculdade, aprendemos isso no ano de estágio, decidimos que era assim que seríamos professores. Foi assim que foste. É assim que faz a Menina Catita.

Desta forma, Diferentes, mas iguais, é uma história de encontro com o passado, um abraço no tempo ao meu amigo, pois nesta aventura, a Menina Catita conhece um arqueólogo que, tal como ela, vive completamente apaixonado por História.

Este livro é também um encontro de duas culturas, salientando-se a cultura muçulmana e os seus contributos civilizacionais, que devem ser do conhecimento de todos – desde os conhecimentos técnicos, às palavras, aos números, os frutos, o azeite, as unidades de peso e medida, toda uma cultura vasta, densa e rica.

É uma história de amor ao nosso passado e à nossa identidade, à necessidade de preservar e divulgar a nossa cultura.

É uma história de amizade, de tolerância, de solidariedade e de amor, o Amor que transforma!

Com este livro, eu gostava de proporcionar aos leitores, momentos encantadores, levando-os ao encontro da História, sem perder a veracidade do conhecimento histórico mas acrescentando a magia necessária para fazer com que os corações pulsem de forma mais forte; acrescentando a magia necessária para que todos reconheçam a importância da História e do seu conhecimento.

Eu acredito que “cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que revela de nós mesmos”. Por isso, por tudo o que o meu amigo Carlos Loureiro é para mim, pela perseverança que o caracterizava, pela determinação que tinha, pelo exemplo que foi, ganhei força e coragem e avancei com o projeto das Histórias da Menina Catita. E, é a partir de hoje, o meu projeto profissional a 100% e a ele me vou dedicar de alma e coração.

No primeiro volume, a Menina Catita mostra a sua amizade para com o primeiro rei de Portugal. Então, parti à aventura, ao encontro desse meu grande amigo, Afonso Henriques. Fui para Coimbra sem saber bem o que procurava mas acreditando que a inspiração havia de chegar. “Assentei praça” no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e fui descobrir o que o meu coração sentia. Passei horas, sentada nos bancos da Igreja, no chão, em frente ao túmulo do fundador. A olhar. A ver. A pensar. Precisava perceber qual o caminho a seguir. Li muito. Pesquisei mais ainda. Observei tudo com olhos de ver. Voltei a ler. E a pesquisar e… aconteceu. Percebi a direção que tinha de tomar. Afonso Henriques tinha passado a vida a lutar contra os mouros. Mas afinal quem eram esses mouros? Porque despertavam tanta ira no coração do nosso primeiro rei? Qual a sua História? Como chegaram aqui? O que sabiam? Era preciso falar disto!!!

Estava descoberto o caminho!

Sempre apoiada no avô e inspirada na sua determinação, a Menina Catita apresenta-nos um mundo novo. Com os avós, conhece Abel e Leonor, um simpático casal de muçulmanos e, com eles, a Catita descobre uma maneira diferente de estar na vida que, não é nem melhor nem pior, apenas diferente. E é tão importante educar os mais novos para aceitar a diferença! Sensibilizar os mais velhos para as diferenças! A História não transmite só conhecimento do passado mas também valores fundamentais numa sociedade cada vez mais global.

No passeio que realizam pela cidade de Coimbra, conhece um arqueólogo – ao qual dei o nome de Carlos – e com ele estabelece uma amizade para a vida toda.

Nesta aventura, a Menina Catita fica a conhecer a cultura muçulmana e a sua contribuição para a História de Portugal e percebe que o extraordinário reside no caminho das pessoas comuns, e a História tem de falar também destes protagonistas, menos nobilitados mas igualmente importantes. Por isso, não escrevi sobre um rei, como no primeiro volume, mas a herança de um povo.

Mais uma vez, a Menina Catita olha o mundo como se fosse um tesouro imenso, que está à espera de ser descoberto e conquistado. É a curiosidade que a move. É a vontade de saber mais, de conhecer e, desta forma, perceber porque hoje somos o que somos.

Para finalizar,

Que a Menina Catita consiga espalhar esta magia a todos os que a ouvem.

Que a Menina Catita consiga continuar a falar de História de outra maneira!

Que eu consiga continuar a viver esta aventura.

Obrigado!

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