A 22 de Agosto de 1415, tropas portuguesas comandadas por D. João I de Portugal conquistaram Ceuta iniciando o Império Português.
A procura de ouro, fundamental para as trocas comerciais, e o desejo de ter acesso direto à rota das especiarias e aos produtos de luxo do Oriente, impeliam os portugueses para o início da expansão.
Por outro lado, a procura de novos mercados por parte da burguesia para expansão comercial, a procura de novos domínios senhoriais e novos cargos por parte da nobreza, a vontade de espalhar a fé por parte do clero e de reconhecimento e prestígio internacional pelo monarca, eram motivações que justificam esta vontade de avançar “por mares nunca antes navegados”.
Portugal tinha (e tem) uma posição geográfica favorável e conhecimentos técnicos e científicos, a nível náutico, consideráveis que facilitaram esta decisão.
Ceuta, cidade marroquina à entrada do estreito de Gibraltar, numa posição estratégica entre o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico, onde era intenso o corso muçulmano, foi a cidade escolhida para o início da aventura dos mares. Era ainda um centro ativo de comércio, um ponto de chegada das rotas de caravanas que traziam o ouro da região sul do deserto do Sara e zona rica de cereais.
Todos estes aspetos atraíam os portugueses, que viam ainda na conquista de Ceuta a possibilidade de enfraquecer o poder militar dos muçulmanos e de expandir a fé cristã.
A conquista da cidade fez-se com relativa facilidade. Os resultados, todavia, não foram os esperados. Ceuta passou a ser uma cidade cristã isolada no espaço muçulmano. Os campos em volta da cidade, devastados por ataques de um e de outro lado, foram abandonados. As rotas de comércio que passavam por Ceuta foram desviadas pelos muçulmanos.